Os papéis de Nilda

O que transforma uma pessoa comum num herói? A história de Nilda pode responder essa pergunta de uma maneira heterodoxa, mas não menos convincente. Em meio à normalidade de uma vida de escassez e luta, tão reprisável na realidade brasileira, a heroína desta história se disfarça no anonimato de mulher comum. 
Esposa precoce, mãe de sete, esses são apenas dois dos papéis dessa mulher, cuja história nos mergulha no cotidiano de adversidades de uma família paranaense dos anos 1950, num enredo que faz um recorte da própria história de brasileiros pobres em busca de redenção pela via da decência e do trabalho.    
O heroísmo moral de Nilda não está apenas na sua fortaleza interior, capaz de resistir às agruras típicas do papel feminino na sociedade brasileira, mas também na capacidade de resignar-se, abrindo mão dos menores desejos e ambições pessoais para abraçar o sentido maior de uma vida na invisibilidade de um lar. 
O livro, com 198 páginas, é o debut literário do autor paranaense Reginaldo Ribas, atualmente radicado no litoral de Santa Catarina.